Olá, pessoal.
Leio o que os colunistas escrevem no jornal Folha.com.br e leio também os comentários. É difícil não se sentir abalada. Os comentários mostram como as pessoas realmente decentes pensam e se sentem diante das barbáries e das injustiças da vida.
Comentários:
Luciano Felipe: "De nós, professores, você não tem pena, né, meu senhor? Um professor (com carga horária de 24 horas/aula por semana, mais tempo para preparar aulas, corrigir atividades e se envolver nos projetos da escola) ganha cerca de 1.200,00 por mês, e isso não te espanta ou preocupa. A nós, professores, você (e seu Jornal) acusa de fazer uma greve contra pobres (quando os pobres somos nós) e de fazer terrorismo contra o trânsito de São Paulo (quando as vítimas de viver sob clima de terror somos nós). Na lógica de vocês, não temos motivos para reivindicar aumento salarial. Seria engraçado se se baixasse um decreto obrigando tanto você, quanto os membros do editorial deste jornal, a viverem com os memos 1.200,00 mensais que recebemos mensalmente (ou 1.550, 00 para a carga máxima de aulas) para trabalhar dentro e fora da escola. Mas não, não, a vítima é o filho de seu amigo. Ele, sim, que teve boa formação, e 1.200,00 mensais só para comprar pó, e outros aditivos, é que é a vítima. Eu, que tenho que pagar TODA A MINHA VIDA com esta quantia, é que sou o marginal. Tenha santa paciência.............."
Sergio Correa: "È verdade não puxou sozinho, o dedo ajudou.
Que argumento barato, assim vou culpar a sociedade por vc ser assim tão bobinho."
Adriano Mariano: "Ahhh Gilberto... No coments my boy... Aproveite os comentários e retire esse seu texto daqui. Não tinha coisa melhor pra escrever não? E caso não tivesse simplesmente ficasse quieto. O cara é assassino e merece ser punido. Ou você acha que é fácil pra uma família resolver o assunto em dois tempos.
"Dá pena ver um jornalista renomado escrevendo uma asneira dessas sobre o assassino de Glauco", isso sim..."
Veronica Santos: "Prezado senhor,
A desagregação da família fragiliza os princípios de limites e respeito ao próximo.
Vivemos numa sociedade que cobra a todo momento posturas, atitudes. Acredito que esse rapaz, apesar de trazer todo histórico familiar, que não nos compete julgar ou analisar nesse momento, por ser um jovem de classe média sempre se safa com algumas desculpas desses gêneros.
Quando tratamos dos jovens nas periferias que cometem esse tipo de trajédia, tenha certeza que a abordagem é outra. Resumindo para os ricos é justicado os "transtornos" que levam essas fatalidades.
Te faço uma pergunta: Se o senhor passasse por essa situação, te daria dó? Reflita, pois uma família chora pela perca de duas pessoas de bem que morreram em consequencia de uma família que não tenha dado base ou suporte?"
Sérgio Barros: "Caro Gilberto,
Respeito sua opinião, mas discordo totalmente dela. Não tenho pena não do assassino de Glauco e seu filho. Ele sabia exatamente o que estava fazendo, tanto que foi preso tentando fugir para o Paraguay. E o que você me diz de tantos outros meliantes e assassinos que também têm a vida totalmente desestruturada (familiar e socialmente), muito mais do que esse jovem de classe média alta. Também devemos ter pena deles? Devemos absolvê-los? Este jovem, o assassino, teve todos os recursos ao seu dispor para trilhar uma vida digna e não o fez. Não merece pena não, merece sim cadeia, e por longos anos."
Valéria Gomes: "Sr. Dimenstein
Acredito que seu argumento é tão fraco e unilateral como a maioria de "indignados" que aparecem em todos os fóruns massacrando e desejando crueldades ao assassino.
A desestrutura familiar é um problema social que não diz especificamente a meia dúzia de famílias, sejam elas de classe média, baixa ou alta.
Lógico que é mais fácil apontar o dedo e dar chicotadas em famílias como esta do que encarar os profundos problemas sociais que nossa época enfrenta.
Tenho um irmão que teve uma crise psicótica muito séria. Não foi e não continua sendo nada fácil convencê-lo a se tratar e levar o tratamente a sério. (Normalmente os psicóticos não aceitam que tenham distúrbios). Mas na minha família há uma mistura de amor e desestrutura. Tivemos sérios problemas financeiros durante toda nossa infância e fomos obrigados a praticamente viver longe de nossa mãe. Sem dúvida que este problema potencializou o problema do meu irmão. Por muito pouco, não aconteceu uma tragédia também. E se acontecesse, e daí? A culpa seria toda da minha mãe que não pode dar toda atenção que ele precisava? Minha mãe teve que optar pela batalha do pão do dia-a-dia.
Neste caso, a questão financeira foi uma das causas da desestrutura, mas sabemos que existem inúmeras causas associadas a outros problemas sociais. Apontar o dedo na família não resolve o problema."
Ana Tereza: "Ajudando o Gilberto com o Google:
Há semelhança entre os efeitos da ayahusca e alucinógenos como o LSD.
Riscos à saúde
Pode haver sensação de medo e perda do controle, levando a reações de pânico. O consumo do chá pode desencadear quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a essas doenças ou desencadear novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar, esquizofrenia).
- Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo
- Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de SP
Fonte: Equipe Álcool e Drogas sem Distorção
Também, contrariando alguns comentários, questiono:
- A família pode obrigadar alguém com mais de 18 anos a se internar para tratamento, mesmo que psiquiátrico? ele já têm 24.
- Porque autoridades legalizaram o uso desta droga e proibem outras?
- Culto religioso está autorizado a realizar tratamento psiquiátrico contra drogas? Cadê o Conselho de Medicina atuando?"